Como escolher ações defensivas para tempos de incerteza
Em momentos de instabilidade — seja política, fiscal ou internacional — o mercado financeiro tende a reagir com cautela. Além disso, investidores migram para ativos considerados mais seguros, e é justamente nesse contexto que surgem as chamadas ações defensivas. Todavia, elas se destacam por manterem uma performance mais estável mesmo quando o cenário econômico é desafiador.
O que são ações defensivas
A princípio, as ações defensivas pertencem a empresas que oferecem produtos ou serviços essenciais, cuja demanda não cai significativamente mesmo em períodos de crise. São negócios que mantêm receita e lucro relativamente constantes, independentemente da fase do ciclo econômico.
Exemplos clássicos são companhias dos setores de saúde, energia elétrica, saneamento, alimentos e bebidas — itens e serviços indispensáveis ao dia a dia da população.
Por que investir nelas em tempos de incerteza
Quando a economia se desacelera, o consumo de bens supérfluos costuma cair, mas o consumo de itens essenciais se mantém. Isso faz com que as ações defensivas sofram menos volatilidade.
Além disso, essas empresas frequentemente distribuem dividendos de forma consistente, o que atrai investidores que buscam estabilidade e renda passiva.
Outro ponto relevante é que, durante períodos de juros altos, como o que o Brasil atravessou recentemente, o custo de capital aumenta e prejudica empresas com grande endividamento. As ações defensivas, por outro lado, costumam ter estrutura financeira sólida, o que as protege contra oscilações mais fortes nas taxas de juros.
Setores e exemplos a se observar
Saúde – Hospitais, laboratórios e empresas farmacêuticas oferecem serviços contínuos e de alta necessidade;
Energia elétrica e saneamento – Serviços essenciais com receita previsível e regulação governamental que dá estabilidade;
Alimentos e bebidas – Consumo básico, mesmo em tempos de recessão. Grandes empresas desse setor costumam apresentar resultados consistentes;
Telecomunicações – Apesar de não ser o setor mais rentável, tem receita recorrente e previsível.
Esses segmentos oferecem proteção natural contra crises, pois a demanda se mantém mesmo com queda no PIB.
Como escolher boas ações defensivas
Antes de investir, avalie:
Histórico de lucros e dividendos – Empresas que atravessaram crises anteriores com solidez merecem atenção;
Endividamento controlado – Dívidas elevadas podem se tornar um problema em tempos de juros altos;
Gestão eficiente – Companhias com boa governança e transparência tendem a oferecer mais segurança;
Participação no mercado – Líderes de setor geralmente têm maior resiliência.
Vale lembrar que, embora as ações defensivas reduzam o risco, nenhum investimento está totalmente livre de oscilações. Logo, o ideal é mantê-las como parte de uma carteira diversificada, junto a ativos de renda fixa e outros setores estratégicos.
Conclusão
Portanto, em tempos de incerteza econômica, proteger o capital é tão importante quanto buscar crescimento. As ações defensivas oferecem essa proteção, funcionando como um “amortecedor” dentro da carteira de investimentos. Logo, escolher bem significa equilibrar rentabilidade e segurança — dois pilares fundamentais para atravessar períodos turbulentos sem comprometer os objetivos financeiros de longo prazo.
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Escrito por Italo M. Ribeiro – 12/10/2025 – 17:33 – Outras publicações cliquem aqui.