Curva de juros: entenda e aproveite

Em primeiro lugar, a taxa de juros é um dos principais termômetros da economia e influencia diretamente a forma como o dinheiro circula no país. Logo, quando falamos em investimentos, entender o ciclo da taxa de juros — especialmente a SELIC, a taxa básica da economia brasileira — é fundamental para saber quando e onde investir com mais inteligência. Nesse sentido, no post de hoje, vamos explorar como funcionam os ciclos da taxa de juros, quais são os impactos nos investimentos e por que o momento atual pode ser uma das melhores oportunidades para comprar ativos em desvalorização.

O que é a curva da taxa de juros?

Em outras palavras, a curva de juros representa a expectativa do mercado em relação ao comportamento das taxas de juros no futuro. Logo, ela é influenciada por diversos fatores, como inflação, política monetária, expectativas econômicas, riscos fiscais e cenário internacional.

A curva é dividida basicamente em três fases:

1. Alta da taxa de juros (fase contracionista):
   • Utilizada para conter a inflação;
   • O crédito encarece, o consumo diminui e a economia desacelera;
   • Os ativos de risco, como ações e fundos imobiliários, tendem a se desvalorizar.
2. Pico e estabilização:
   • A taxa atinge um patamar elevado e começa a mostrar sinais de estabilidade;
   • O mercado já começa a antecipar cortes, e alguns ativos começam a se valorizar.
3. Queda da taxa de juros (fase expansionista):
   • O corte da SELIC busca estimular a economia;
   • O crédito volta a ficar mais barato;
   • A renda variável volta a atrair investidores, e muitos ativos que estavam em baixa iniciam sua valorização.

Em que fase estamos agora?

Atualmente, o Brasil está entrando ou já se encontra em um início de ciclo de queda da taxa de juros, – pois podemos estar no pico e estabilização – após um período de SELIC elevada para controlar a inflação. Logo, esse movimento abre uma janela de oportunidade valiosa para investidores atentos.

Todavia, quando os juros estão em trajetória de queda, os ativos que mais sofreram com os ciclos anteriores tendem a se recuperar. Por isso, esse é um momento ideal para:

• Aumentar posição em ações descontadas, principalmente de empresas sólidas e que pagam dividendos.
• Investir em Fundos Imobiliários (FIIs), que estavam pressionados com a concorrência da renda fixa e agora se tornam mais atrativos.
• Diversificar com títulos de renda fixa prefixados ou atrelados à inflação, aproveitando taxas elevadas antes que caiam ainda mais.

Quais investimentos se beneficiam da queda dos juros?

A seguir, veja os tipos de ativos que tendem a performar melhor quando a SELIC começa a cair:

Ações

Com a redução dos juros, o custo de capital das empresas diminui, e o fluxo de caixa futuro passa a valer mais. Setores como varejo, construção civil, tecnologia, e consumo costumam se beneficiar.

Fundos Imobiliários (FIIs)

O ambiente de juros baixos favorece os FIIs, pois aumenta a atratividade dos rendimentos mensais em comparação com os títulos públicos. FIIs de tijolo, como logística e shoppings, voltam a ganhar força.

Títulos prefixados e IPCA+

Investidores que travarem taxas agora em papéis do Tesouro Prefixado ou Tesouro IPCA+ podem obter ganhos expressivos no longo prazo, especialmente se os juros continuarem caindo.

Fundos multimercado e renda variável internacional

Com a reabertura econômica e maior apetite ao risco, é possível diversificar a carteira com ativos globais e fundos que exploram diferentes estratégias.

Por que agora pode ser um ótimo momento para investir?

Contudo, como muitos investidores sabem, as melhores oportunidades aparecem quando os ativos estão desvalorizados, e isso normalmente acontece antes da virada da curva de juros. O mercado se antecipa — por isso, quem aguarda os cortes estarem consolidados pode já ter perdido parte do potencial de valorização.

Nesse sentido, a queda da taxa de juros é uma sinalização clara de retomada de crescimento. Logo, aproveitar esse momento para investir com consciência pode acelerar o caminho rumo à liberdade financeira.

Conclusão

Portanto, entender os ciclos da taxa de juros permite que você invista de maneira mais estratégica, antecipando movimentos do mercado e aproveitando ativos com grande potencial de valorização. Logo, o momento atual é um convite à ação: revisar sua carteira, alinhar seus objetivos e aproveitar a janela de oportunidade que a economia está oferecendo.

Lembre-se:

• Este conteúdo tem caráter educativo e não se trata de uma recomendação de investimento. Sempre avalie seu perfil e, se necessário, procure um profissional certificado.
• Em momentos de curva de juros em ALTA, temos ativos de renda variável e a bolsa em BAIXA e em momentos de curva de juros em BAIXA, temos ativos de renda variável e a bolsa em ALTA.