Vieses cognitivos: como eles influenciam suas decisões e sua vida financeira
Primeiramente, você já parou para pensar em quantas decisões toma no piloto automático? Muitas vezes acreditamos estar agindo com lógica, clareza e racionalidade, mas a verdade é que nossa mente é influenciada por diversos atalhos mentais, chamados de vieses cognitivos. E quando o assunto é dinheiro, investimentos ou até mesmo nossas emoções, esses vieses podem nos sabotar — sem que a gente perceba. Logo, no post de hoje, vamos entender o que são vieses cognitivos, como eles atuam em nossas decisões e quais são os principais que afetam nossa vida financeira e emocional.
O que são vieses cognitivos?
Antes de mais nada, vieses cognitivos são distorções sistemáticas no nosso pensamento que afetam nossa percepção da realidade e nossas decisões. Ou seja, eles são como “atalhos” que o cérebro utiliza para economizar energia diante de tantas informações e estímulos. Além disso, o problema é que, ao usar esses atalhos, muitas vezes tomamos decisões com base em emoções, padrões repetitivos ou crenças limitantes — e não em fatos concretos.
Logo, esses vieses não surgem apenas em decisões financeiras, mas também em nossas relações pessoais, no trabalho, nas redes sociais e até em nossa autoestima.
Vieses cognitivos mais comuns e seus impactos
Todavia, separamos abaixo alguns dos vieses mais comuns — especialmente os que mais impactam nossas decisões financeiras, profissionais e emocionais:
1. Viés de confirmação
Reflete a tendência de buscar informações que confirmem o que já acreditamos, ignorando dados contrários.
Exemplo: acreditar que determinado investimento é seguro e só consumir conteúdos que reforcem essa ideia.
2. Efeito manada
Este acontece quando seguimos a maioria sem questionar, apenas porque “todo mundo está fazendo”.
Exemplo: comprar uma ação ou criptomoeda porque está “na moda”.
3. FOMO – Fear of Missing Out
É o medo de perder uma oportunidade, que leva a decisões impulsivas.
Exemplo: investir em um ativo no auge por medo de ficar de fora de um lucro que outros estão tendo.
4. Viés de ancoragem
Ocorre quando tomamos decisões baseados em uma informação inicial, que pode nem ser relevante.
Exemplo: achar que um produto está barato só porque antes estava com o preço inflado.
5. Viés da disponibilidade
É quando julgamos a probabilidade de algo acontecer com base nas informações mais fáceis de lembrar.
Exemplo: achar que investir em ações é sempre arriscado porque ouviu casos recentes de perdas, ignorando anos de bons retornos de quem investiu com estratégia.
6. Viés da ambiguidade
É a tendência de evitar decisões quando sentimos que não temos informações suficientes — mesmo quando esperar pode significar perder boas oportunidades.
Exemplo: não investir por achar “complicado demais”, mesmo tendo recursos e tempo para estudar o assunto.
7. Viés de afinidade
Logo, é a tendência de confiar mais em pessoas parecidas com a gente ou com quem temos simpatia — mesmo que elas não sejam especialistas.
Exemplo: seguir conselhos financeiros de amigos próximos ao invés de buscar fontes confiáveis ou profissionais qualificados.
8. Viés de grupo
Em suma, é a pressão para concordar com o grupo ao qual pertencemos, o que pode dificultar o pensamento crítico e individual.
Exemplo: tomar uma decisão de consumo ou investimento para não destoar do padrão do grupo social.
9. Efeito Dunning-Kruger
Pessoas com pouco conhecimento sobre um assunto tendem a superestimar sua capacidade, enquanto pessoas mais experientes costumam subestimar.
Exemplo: um iniciante em finanças que acredita dominar os investimentos e acaba se expondo a riscos desnecessários.
Como reduzir os impactos dos vieses cognitivos?
Enfim, todos nós temos vieses — o segredo está em reconhecê-los e agir com mais consciência. Logo, veja algumas práticas que ajudam:
Pratique o autoconhecimento: reflita sobre seus padrões de comportamento.
Busque informações de qualidade e de fontes variadas.
Evite decisões impulsivas: respire, avalie, espere se for preciso.
Consulte profissionais quando necessário.
Terapia e meditação são ferramentas poderosas para reconhecer os mecanismos inconscientes que afetam nossas decisões.
Conclusão
Portanto, entender os vieses cognitivos é dar um passo essencial rumo ao conhecimento emocional e financeiro. Ou seja, eles nos mostram, como nossas decisões podem ser mais emocionais do que racionais — e como podemos corrigir o rumo com mais consciência. Logo, seja no dinheiro, nos relacionamentos ou no trabalho, o autoconhecimento continua sendo a chave para transformar intenções em atitudes mais saudáveis, consistentes e alinhadas com o que realmente importa para você.
Todavia, para se aprofundar ainda mais no tema, você pode consultar esta lista de vieses cognitivos na Wikipédia, que traz uma visão ampla sobre diversos padrões de pensamento que influenciam nossas decisões no dia a dia.
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Escrito por Italo M. Ribeiro – 29/06/2025 – 18:16 – Outras publicações cliquem aqui.